domingo, 12 de abril de 2009

A Augusta é de todos.

Conhecida hoje como referência da prostituição da capital paulistana, a Rua Augusta já foi referência de moda e atualmente celebra a diversidade.

Milhares de pessoas todos os dias circulam pela Rua Augusta com seus mais diferentes estilos. Na maneira de se vestir, tribos que circulam pelas calçadas, gastronomia variada, moda, teatro, casas noturnas e comércio é possivel defini-la como umas das ruas mais ecléticas de São Paulo.

No passado.

Maria Augusta era assim o nome dado antes de chamar simplesmente Augusta, nos anos 60 foi refêrencia de glamour e diversão, jovens faziam dela um ponto de encontro aos finais de semana para irem ao cinema Majestic ou a lanchonete Hot Dog, onde só se serviam dois lanches o hot dog e Hambúrguer.
O comerciante Geraldo Lima , 65 anos morador da região diz: “Aqui era lugar de encontro dos amigos e paqueras , eu ficava encostado no carro com meus amigos conversando, era bacana”. Esta mesma rua foi quem teve a primeira boate Gay de São Paulo e teve o primeiro espaço multicultural do país o Pirandello, neste local era possível encontrar vários músicos, atores de teatro e personalidades.

Nos dias de hoje.

Não muito diferente do passado, jovens com idade entre 14 e 25 anos frequentam hoje as calçadas da Augusta. Há um grupo de emos que ficam nas calçadas consumindo bebida alcoolica e conversando, além deles é possivel ver também a turma do Rock in Roll, as prostitutas , os moradores de ruas , vendedores ambulantes , pessoas que param com seus carros importados para ir a baladas mais requintadas.Todos circulam e fazem desta rua, de maneira ímpar o que é cidade de São Paulo.
Os bares e as casas noturnas estão sempre bem movimentados, dando cara de bohemia às suas esquinas . Você encontra um boteco, um hotel cinco estrelas, uma boate simples, uma balada chique um ao lado do outro e estes estabelecimentos convivem em perfeita harmonia.
Milena Doranadeli 23 anos, frequentadora da rua diz: “A Augusta é o lugar onde tudo pode acontecer, é a cara de São Paulo uma rua como esta, não poderia ser diferente, essa região acolhe todo mundo, o legal daqui é isso, a mistura de gente.”

A Augusta também é lembrada por ser uma rua muito violenta e há pessoas que não acham ela tão glamurosa assim, andar na rua sozinhoà noite por ali é um ato corajoso que poucos se arriscam, tanto que quem trabalha nas calçadas, como as prostitutas por exemplo não arriscam ficar sozinhos.

Uma Rua que tem em sua extensão bairros como o Jardins e o centro de São Paulo e é paralela a avenida que é o coração da capital paulista e ainda tem em sua história fatos que revelam de onde nasceu essa mistura , permitindo que vários comércios funcionem um ao ladro do outro atendendo a todos os gostos, abraçando todos os estilos. Enxergamos que onde se encontra arte, música, gente trabalhando, gente se divertindo ao mesmo tempo define-se ali o palco central da celebração da diversidade.

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